Nabucco - Verdi - 1842

Verdi
(Roncole, 10 de outubro de 1813 — Milão, 27 de janeiro de 1901)


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Nabucco 

Ópera de Giuseppe Verdi
Libreto de Temistocle Solera
Baseada no Antigo Testamento e na obra Nabuchodonosor de Francis Cornue e Anicète Bourgeois. 
Estréia no Teatro alla Scala, Milão, 09  de março de 1842

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Personagens

Nabucco
     (rei da Babilônia que é subjugado pelo genocídio do povo hebreu de Jerusalém)
     barítono
Ismael
     (o sobrinho de Zedekia, rei de Jerusalém, que está apaixonado por Fenena)    
     tenor
Zacharia
     (o sumo sacerdote dos hebreus que dá esperança para seu povo quando são perseguidos por Nabucco e os babilônios)
     baixo
Abigail
     (suposta filha de Nabuco, que, quando o seu amor não é correspondido por Ismael, promete se apoderar do trono para ofender Fenena.)
     soprano
Fenena
     (verdadeira filha de Nabuco que está apaixonada por Ismael e é forçada a escolher entre o seu amor e a regência quando da ausência de seu pai)
     mezzo-soprano

Abdallo 
     (um velho oficial do Rei que tenta restituir o trono a Nabucco)   
     tenor
Anna 

     (irmã de Zacharia)
     soprano 



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Ópera completa 
(Legendas em italiano - som melhor)




El Nabucco de Giuseppe Verdi en la representación de la Ópera de Roma en 2011 con motivo del 150 aniversario de la Unidad de Italia.

Leo Nucci como Nabucco, 

Dmitry Beloselsky ,Zacarías, 
Csilla Boross interpreta a Abigaille, 
Anna Malavasi a Fenena y 
Antonio Poli a Ismael.
 

Dirigida por Riccardo Muti

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Ópera completa 
(Legendas em espanhol)



Nabucco - Sherrill Milnes
Ismaele - Carlo Cossuta
Zaccaria - Ruggero Raimondi
Abigaile - Grace Melizia Bumbry
Fenema - Viorica Cortez
Sacerdote - Marc Vento
Abdalo - Robert Dume
Anna - Janine Boulogne

Orquesta y Coro del Teatro Nacional de la ópera de Paris

Director musical - Nello Santi

1979
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Ato III - Va Pensiero




Va Pensiero 


Va', pensiero, sull'ali dorate,
va', ti posa sui clivi, sui colli,
ove olezzano tepide e molli
l'aure dolci del suolo natal!


Del Giordano le rive saluta,
di Sïonne le torri atterrate...
Oh mia patria sì bella e perduta!
Oh membranza sì cara e fatal!


Arpa d'or dei fatidici vati,
perché muta dal salice pendi?
Le memorie nel petto raccendi,
ci favella del tempo che fu!


O simìle di Sòlima ai fati,
traggi un suono di crudo lamento,
o t'ispiri il Signore un concento
che ne infonda al patire virtù!

Voa, pensamento

Voa, pensamento, com tuas asas douradas;
voa, pousa-te nas encostas e no topo das colinas,
onde perfumam mornas e macias
as brisas doces do solo natal!

Cumprimenta as margens do rio Jordão,
as torres derrubadas de Jerusalém...
Oh minha pátria tão bela e perdida!
Oh lembrança tão cara e fatal!

Harpa dourada dos grandes poetas,
porque agora estas muda?
Reacendas as memórias no nosso peito,
fale-nós do bom tempo que foi!

Como Sòlima fez com o destino
traduz em musica o nosso sofrimento,
deixa-te inspirar pelo Senhor
porque nossa dor se torne virtude!

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Descrição 1


Nabucco é uma ópera em quatro atos com música do compositor Giuseppe Verdi e libreto de Temistocle Solera, baseada no Antigo Testamento e na obra Nabuchodonosor de Francis Cornue e Anicète Bourgeois. Foi estreada em 9 de Março de 1842 no La Scala de Milão, foi composta num período particularmente difícil da vida do compositor. A sua esposa e os dois pequenos filhos tinham falecido pouco tempo antes e Verdi tinha praticamente decidido não voltar a compor. O libreto de Nabucco chegou às suas mãos quase numa casualidade. A composição empreendida quase "puxada a ferros" deu como resultado uma obra que cativou toda a Itália. Na estreia, o papel de Abigail foi interpretado por Giuseppina Strepponi, que se converteria em companheira sentimental e logo esposa de Verdi.

Esta ópera foi o primeiro êxito importante do compositor e com ela iniciam-se os chamados anos de galera, nos quais compôs a um ritmo frenético, produzindo dezassete óperas em doze anos. O êxito desta ópera, Nabucodonosor de Verdi, deve-se em parte às qualidades musicais da obra e em parte à associação que fazia o público entre a história do povo israelita e as ambições nacionalistas da época. Um dos símbolos que utilizou, e provavelmente continua utilizando o povo, para reforçar o ideal independentista foi o coro Va pensiero, do terceiro acto. Este coro de escravos hebreus é, sem dúvida, o número mais popular da ópera. Na sua época, os italianos assimilaram-no como um canto contra a opressão estrangeira em que viviam. O êxito da ópera perdura até aos dias de hoje.

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Descrição 2

Nabucco é uma ópera que foi escrita durante a época da ocupação austríaca no norte da Itália e, por meio da várias analogias, suscitou o sentimento nacionalista italiano. O Coro dos Escravos Hebreus, no terceiro ato da ópera (Va, pensiero, sull'ali dorate, "Vai, pensamento, sobre asas douradas") tornou-se uma música-símbolo do nacionalismo italiano da época. Foi estreada, a 9 de março de 1842, no Teatro alla Scala de Milão.


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Sinopse

Ato I: "Jerusalém"

Os judeus oram diante do templo de Salomão. O sumo-sacerdote Zacarias entra com Ana, sua irmã, e Fenena, filha de Nabucco, tida como refém pelos judeus. Zacarias avisa ao povo que Javé não vai abandonar o povo judeu. Ismael, chefe militar e sobrinho do rei de Jerusalém, entra com seus soldados e avisa que Nabucco destruirá tudo.

Zacarias espera que haja um milagre e entrega Fenena a Ismael para que ela tenha sua segurança garantida. Ambos são amantes, e se conheceram na Babilônia. Abigail, a outra filha de Nabucco -que também é apaixonada por Ismael - entra conduzindo um exército de assírios para ocupar o templo. Os assírios estão vestidos como judeus. Abigail chantageia Ismael, dizendo que ela salvará seu povo caso ele lhe retribua o amor, mas Ismael não aceita.

Reaparecem os judeus, assustados com a reaproximação de Nabucco, que é enfrentado por Zacarias, que o denuncia por blasfêmia e ameaça executar Fenena. Esta é entregue a Nabucco por Ismael, que é reprimido pelos judeus. Nabucco manda incendiar o templo.


Ato II: "O Blasfemo"

Palácio de Nabucco, na Babilônia. Abigail acha um pergaminho no qual é dito que ela é filha de escravos, e não de Nabucco. Jura vingança a ele e a Fenena, enquanto lembra de Ismael e acha que ele poderia ter salvado sua vida. Entra o Sumo Sacerdote e avisa que Fenena mandou libertar os prisioneiros judeus, e que, devido à traição, Abigail será nomeada herdeira do trono, em vez de Fenena.

Em outro local, Zacarias ora e tenta convencer os assírios a esquecerem seus ídolos. Fenena entra nos aposentos de Zacarias, e este tenta convertê-la. Os levitas entram e encontram Ismael, que fora banido. Zacarias perdoa Ismael, por este ter salvado um judeu - Fenena, agora convertida. Abdalo, conselheiro do palácio, entra e avisa Fenena sobre os boatos sobre a morte de Nabucco, e que sua vida está em risco.

Entra o Sumo Sacerdote e proclama a regência de Abigail. É anunciada a sentença de morte aos judeus. Fenena se recusa a entregar o cetro a Abigail. Inesperadamente, entra Nabucco, toma a coroa e a coloca em suas cabeças. Nabucco diz que derrotou Baal e Javé, e por isso mesmo não é rei. É Deus. Nesse instante, cai um raio na cabeça de Nabucco, que fica louco. Abigail recupera a coroa.


Ato III: "A Profecia"

Jardins Suspensos da Babilônia. Abigail é proclamada regente e é instigada a condenar à morte os judeus, mas, antes disso, Nabucco entra atordoado. Abigail explica que está na função de regente porque o rei está impedido de reinar, e lhe entrega a ordem de execução aos judeus, esperando que ele decrete a morte de Fenena - agora, convertida ao judaísmo. Nabucco assina, mas pergunta sobre o que vai acontecer a Fenena, e Abigail avisa que ela também vai morrer, junto com os outros judeus. Nabucco tenta mostrar o documento a Abigail dizendo que ela é uma impostora, mas ela já o tem em mãos e o rasga em pedaços. Nabucco chama os guardas, mas não é atendido. Sem saída, roga clemência a Abigail, que permanece irredutível.

Enquanto isso, os judeus permanecem descansando do trabalho escravo, diante das margens do Eufrates, e relembram sua pátria perdida. Zacarias anuncia que eles estarão livres do cativeiro em breve, e Javé os ajudará a derrotar a Babilônia.


Ato IV: "O ídolo destruído"

Nabucco está em seus aposentos e ouve o grito por Fenena. Ao olhar para a janela, vê que Fenena está sendo executada. Ao tentar abrir a porta, dá-se conta de que é prisioneiro. Neste momento, Nabucco implora perdão a Javé, rogando-lhe conversão, juntamente como a seu povo. Ao recuperar a razão, entra Abdalo se certifica de que Nabucco é novamente ele próprio, e já está com todas as suas faculdades recuperadas. E tenta buscar o trono.

Os carrascos preparam a execução de Zacarias e de seu povo. Fenena é aclamada mártir e, em sua última prece, roga a Javé que a receba no céu. Nabucco acaba com a escravidão dos judeus e anuncia que ele próprio é um deles. A estátua de Baal é destruída e Abigail se suicida, implorando a Ismael que se una novamente à Fenena. O povo reconhece o milagre, e direciona louvores a Javé.

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Libretto 
(italiano / espanhol)

http://www.kareol.es/obras/nabucco/acto1.htm

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Fonte / Source: 
http://www.coliseulisboa.com/evento.php?id=238
http://pt.wikipedia.org/wiki/Giuseppe_Verdi
http://iopera.es/palco-en-nabucco/ 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nabucco
http://susis-mysticriver.blogspot.com.br/2013/08/guiseppe-verdi-roncole-1813-milan-1091.html
http://www.cosy.sbg.ac.at/~zzspri/travels/StMarg/StMarg.html

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